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https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/MD/3E3A7123.JPEGO deputado madeirense eleito pelo CHEGA (CH) para a Assembleia da República, Francisco Gomes, emitiu uma nota a expressar “grande preocupação” com os “dados recentemente divulgados pelo Instituto
Nacional de Estatística, que revelam um aumento real na taxa de pobreza
infantil, situação que classificou como ‘uma das falhas mais gritantes e
desumanas da governação nacional'”, atirou.
Citando os dados nacionais, “existem cerca de 350 mil crianças em situação de carência, mais 44 mil que no
ano anterior. Em termos percentuais, a taxa registada é de 20,7%, o que coloca
as crianças como o grupo etário no qual se regista a maior taxa de risco de
pobreza e também aquele no qual se observa uma evolução mais desfavorável. Os
números avançados são corroborados por peritos e várias organizações, entre as
quais a Rede Europeia Anti-Pobreza, a Cáritas Portuguesa e o Instituto de Apoio
à Criança”.
Para Francisco Gomes “a pobreza
infantil não é apenas uma injustiça contra as crianças que sofrem com a fome, a
falta de educação, lares disfuncionais e a ausência de oportunidades”, acrescentando que “é um
reflexo de uma sociedade que escolheu ignorar o potencial do seu próprio
futuro, perpetuando ciclos de desigualdade e negando às próximas gerações a possibilidade
de sonhar, crescer e transformar o mundo ao seu redor”.
Analisando os dados, o deputado madeirense “criticou a falta de articulação das diversas
estratégias que visam o bem-estar das crianças, em particular a Estratégia
Nacional para os Direitos da Criança e a Estratégia Nacional de Combate à
Pobreza”, aproveitando para apontar o dedo “às políticas sociais
e económicas que têm sido seguidas por governos do PSD e do PS, as quais, a seu
ver, têm gerado escassez de rendimentos familiares, salários baixos,
precaridade laboral, condições habitacionais periclitantes, desigualdades no
acesso a uma educação de qualidade e a perpetuação de ciclos de violência,
abusos e delinquência juvenil”.
O deputado “criticou, também, os políticos que, a seu ver, preferem análises simplistas,
eleitoralistas e desinformadas, ao invés de falarem a verdade às populações e
trabalharem para resolver os problemas do país, incluindo a crescente pobreza
infantil”, refere a nota.
“Há quem prefira discursos deploráveis e proclamações ignorantes de que a pobreza é o fruto de drogas e álcool. Não é! É o produto de vários aspectos, um dos quais políticos incompetentes e sem visão, que não perdem uma oportunidade para demonstrar que mais lhes interessam os joguinhos partidários do que trabalhar pelas pessoas.”
Francisco Gomes
A concluir o eleito à Assembleia da República “enfatizou a necessidade urgente de abordagens baseadas nos interesses das
crianças e vocacionadas para a melhoria das condições económicas e
habitacionais das famílias. A seu ver, esses aspectos têm sido descurados ao
longo dos anos e continuam a ser ignorados pelo actual governo”. E defendeu: “Não vamos chegar a
lado nenhum enquanto certos políticos não perceberem que a pobreza só se
combate com políticas de apoio à família, que tragam mais conforto a quem
trabalha e que tratem as pessoas com dignidade. As famílias não são as serventes
dos governantes ricos e dos grandes grupos. Merecem respeito e quem os
defenda!”