JPP afirma que 3.ª fase da execução do Complexo Habitacional de São Gonçalo “está parada”

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O Juntos Pelo Povo (JPP) realizou uma iniciativa política esta sexta-feira, 18 de Outubro, na freguesia de São Gonçalo, na cidade do Funchal, onde abordou a actual crise habitacional na Região, criticando o atraso no processo de construção do Complexo Habitacional de São Gonçalo III, agora na 3.ª fase. 

Na ocasião, a presidente do JPP, Lina Pereira, apontou que a empreitada está “completamente parada”, alertando para “todos os atrasos e as consequências para as famílias que desesperam por ver a sua situação resolvida”. 

A obra da responsabilidade da Investimentos Habitacionais da Madeira prevê a construção de 54 fogos de habitação social de tipologia T1 a T4.

Segundo Lina Pereira a situação é ainda “mais grave” por se tratar da “primeira obra iniciada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em Outubro de 2022, com conclusão anunciada pelo Governo Regional para o segundo semestre de 2024”.

É mais uma promessa falhada, o JPP já perdeu a conta à falta de palavra deste governo, era bom que a população tivesse isto em conta.
Lina Pereira, JPP

“Enquanto as famílias e os jovens desesperam por falta de condições financeiras para acederem às casas disponíveis no mercado, PDS/CDS brincam com este drama, com esta bomba social que é a falta de habitação”, afirma a presidente do JPP.

“A obra encontra-se parada, a emergência deste drama social recomendaria que a construção fosse acelerada, ninguém consegue entender esta paragem nas obras, mas exprime muito bem a linha de prioridades do PSD/CDS, de Albuquerque e dos partidos que têm dado suporte a estas leviandades governativas”, atirou. 

A dirigente partidária denunciou ainda “verdadeiros escândalos” associados aos apoios promovidos pelo Instituto de Segurança Social da Madeira. Lina Pereira expôs que há famílias “pressionadas a assinar contratos de arrendamento, longe do seu local de trabalho e da escola, sem transportes públicos com horários compatíveis, e com valores de renda superiores ao seu ordenado”, 

As famílias aceitam essa situação porque são iludidas pela Segurança Social de que terão apoio suficiente para conseguir fazer face às suas despesas. Ora, verifica-se que, após mudarem de residência, veem o seu apoio cortado, por vezes para metade do valor, deixando estas famílias completamente no abismo pois o seu ordenado não aumentou!
Lina Pereira, JPP

“Para alugar casa na Região, o valor médio já supera os 1.600 euros. Para comprar casa, o valor médio de rendimento de uma família madeirense deverá ser superior a 3.000 euros, como é possível dar dignidade às famílias com esta realidade?”, indagou.

Lina Pereira diz que “infelizmente há vários rostos para este drama social e à falta de habitação, associam-se muitas vezes, problemas de saúde e a necessidade de intervenção precoce quando há filhos. Situações que, infelizmente, agravam ainda mais as carências económicas das famílias e que não são tidas em conta na análise socioeconómica que é feita por alguns interventores sociais”.

Como não há procedimentos uniformizados na Segurança Social, uma mesma família pode ter apoios numa Freguesia, mas, se mudar de residência e de interventor social, poderá ver reduzido o apoio ou até, ser-lhe retirado esse direito. A opacidade em todo este processo, para além de pouco transparente e pouco democrático, leva as famílias ao desespero.
Lina Pereira, JPP

Lina Pereira, de forma irónica, diz acreditar que para Miguel Albuquerque e o PSD/CDS estas realidades “devem passar ao largo, não os atormenta”. E explica-se: “Temos um presidente do Governo que vive numa bolha, completamente alheio aos problemas reais das famílias, vive ocupado com as suas excentricidades, como a habitação de luxo, as Bitcoin, as viagens luxuosas a Curaçau, é um líder de governo que raramente aborda os problemas das populações e das famílias”.

A presidente do JPP nota que “Albuquerque anda anestesiado com os indicadores económicos, os valores do PIB, os números do turismo, mas as famílias madeirenses têm dos rendimentos médios mais baixos do País e o custo de vida mais elevado”.

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