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Câmara Municipal do Funchal está a implementar um “programa ambicioso de
asfaltagem no valor de 1 milhão e 800 mil euros”, conforme anunciou hoje a
presidente Cristina Pedra durante a reunião do executivo municipal, em resposta
às críticas da oposição sobre os constrangimentos no trânsito e as dificuldades
de mobilidade no centro da cidade.
A
autarca destacou que apenas em 2025, o volume de investimento e a extensão das
vias asfaltadas superam o total realizado pela anterior administração durante
oito anos, afirmando que o actual executivo “tem um plano de asfaltagem
muito organizado” e que “faz confusão a quem não investiu durante
oito anos”.
“Isto
pode fazer muita comichão a quem não fez nada, mas nós politicamente achamos
que a cidade e as infra-estruturas estão caóticas e carecem de condições de
segurança, até rodoviária, e não temos qualquer pejo em assumir os
investimentos que fazemos”, declarou Cristina Pedra.
Sobre
os problemas de trânsito reportados, a presidente esclareceu que não resultam
exclusivamente das obras em curso, reforçando que “tem existido um grande
cuidado da nossa parte em publicar editais, divulgar informações nas redes
sociais da Câmara e garantir a devida sinalização. Este é um projecto planeado,
premeditado e divulgado”.
A
autarca explicou que o plano é implementado considerando sempre o impacto na
mobilidade, uma vez que “tentamos sempre aproveitar as zonas e os horários de
menor fluxo, mas um programa desta dimensão inevitavelmente gera
constrangimentos”. Cristina Pedra acrescentou ainda que dois acidentes recentes
na via rápida, que provocaram filas de sete e três quilómetros, contribuíram
para agravar o congestionamento na entrada da cidade.
Na
mesma reunião foram aprovados benefícios fiscais do IMI para dois jovens casais
que adquiriram habitação própria e permanente no âmbito do regulamento de
benefícios fiscais do município. A este respeito, a presidente referiu: “Hoje
chegámos a 131 jovens casais que beneficiaram desta medida, representando um
valor patrimonial tributário que já alcança os 13 milhões de euros”.
Foi
também anunciado que já está em curso a instalação de câmaras de
videovigilância em diversas artérias do município, prevendo-se a conclusão do
processo para Maio deste ano.
Confiança critica fortemente CMF no capítulo do trânsito na cidade

Foto Coligação Confiança
Após a
reunião de Câmara desta semana, o vereador Rúben Abreu criticou “a falta de planeamento que tem conduzido ao colapso do trânsito no centro
do Funchal, hoje fortemente condicionado devido às obras de pavimentação na
Avenida do Mar e na Rua Artur Sousa Pinga”. A Coligação Confiança lembra que, na manhã desta quinta-feira, “o
centro do Funchal amanheceu com o tráfego rodoviário bloqueado, afectando a
vida a muitos funchalenses que se viram obrigados a procurar alternativas às
longas filas que se estendiam até à periferia da cidade”.
“Esta
intervenção constitui, mais que um erro grave de planeamento, um sinal de que a
cidade está à deriva. Agendar esta obra de repavimentação num dia útil, durante
um período escolar lectivo e com um aviso meteorológico laranja em vigor, é de
uma completa falta de bom senso”, afirmou Rúben Abreu. “O Funchal é uma cidade
com uma estrutura viária limitada, onde qualquer intervenção num dos principais
eixos rodoviários tem um impacto significativo na mobilidade urbana”, defendeu.
Rúben Abreu
acrescentou ainda que “esta obra foi claramente uma manobra eleitoralista,
pensada para mascarar a ausência de trabalho durante todo um mandato, e
apresentar resultados imediatos e mal planeados. Fazer este tipo de intervenção
de forma apressada, sem considerar as zonas que mais carecem de repavimentação
e sem estudar os efeitos colaterais, é inaceitável.”
O autarca da
Confiança referiu ainda que “perante este cenário, o executivo municipal optou
por uma solução que penalizou gravemente os funchalenses, causando transtornos
desnecessários e afectando milhares de pessoas que precisavam de se deslocar
pela cidade. É inconcebível que não tenham considerado alternativas mais
adequadas, como a realização das obras durante a noite ou ao fim de semana, de
forma a minimizar o impacto.”
“Esta gestão
desastrosa e mal planeada é um claro sinal de que este executivo já desistiu de
encontrar soluções para a cidade. E, assim sendo, os funchalenses compreendem
que actualmente o PSD é grande parte do problema.”, concluiu Rúben Abreu.