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O partido ADN-Madeira dedicou a campanha desta quarta-feira à saúde mental, um tema que considera frequentemente menosprezado pela sociedade. Miguel Pita, cabeça-de-lista do ADN-Madeira, visitou a Casa São João de Deus, instituição com mais de 100 anos de história na Região, destacando a importância das parcerias público-privadas na prestação de cuidados de qualidade.
Durante a visita, a comitiva do ADN-Madeira tomou conhecimento de que o valor diário de internamento na Madeira é o mais baixo de Portugal, situando-se nos 57 euros por paciente, bem abaixo dos 72 euros praticados no continente. “É urgente (no mínimo) igualar esse valor à RAM”, defendeu Miguel Pita em nota enviada à imprensa, salientando que esta limitação financeira afecta negativamente a qualidade dos serviços e a capacidade de resposta da instituição, que conta com cerca de 20 voluntários.
O ADN-Madeira alertou ainda para o impacto do consumo de drogas na saúde mental, apontando para um aumento de internamentos desde 2011, agravado pela recente aprovação da ‘Lei das Drogas’ na Assembleia da República. Segundo Miguel Pita, essa legislação “potenciou o consumo de drogas sintéticas e dificultou ainda mais o combate ao tráfico”, pelo que defende a sua revogação.
Outro problema destacado pelo partido é a alta incidência de demência, considerada uma das doenças mais graves da actualidade. O ADN-Madeira apela a uma intervenção mais eficaz do Governo Regional na psiquiatria aguda, apontando para a necessidade de reforço de recursos financeiros e humanos. A média de internamento na região é de 22 dias por mês, com cerca de 900 internamentos anuais.
O partido também defendeu maior fiscalização da venda de álcool a menores e um melhor acompanhamento pós-alta para evitar recaídas. “O ADN não esquece! Sabemos que muitas das depressões, ansiedades e outras doenças psicológicas agravaram-se após a pandemia de Covid-19, e é importante não voltar a cometer esses erros”, afirmou Miguel Pita.
Por fim, o partido salientou a importância do apoio domiciliário e da formação de cuidadores informais como forma de aliviar a pressão sobre as instituições de saúde mental, que, apesar de fundos limitados, têm prestado um serviço essencial à população madeirense.