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https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/MD/shutterstock_2486976665.JPEGA percentagem de utilizadores de Internet com 16 a 74 anos de idade na Madeira situa-se em 87,6%, abaixo da média nacional, embora figure a meio da tabela entre as 9 regiões NUTS II, segundo os dados divulgados esta manhã pelo INE. E é no comércio electrónico que mais se destaca pela negativa, com apenas 38,4% a fazerem compras online, a pior média nacional.
“Em 2024, as maiores proporções de utilizadores de internet registam-se na Península de Setúbal (95,3%) e na Grande Lisboa (94,1%), as duas novas regiões que compunham a Área Metropolitana de Lisboa na anterior versão Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos (NUTS-2013)”, começa por esclarecer o Instituto Nacional de Estatística no “Inquérito à Utilização de Tecnologias de Informação e da Comunicação pelas Famílias”.
“Em relação ao ano anterior, a proporção de utilizadores no Algarve (91,5%) mantém-se superior à média nacional de 88,5%, mas os resultados para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (com, respectivamente, 88,3% e 87,6%) não atingem a referência nacional”, explica. Além dos Açores, a Madeira está com valores acima das restantes quatro regiões – Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo, Alentejo – as proporções de utilizadores variam entre 85,4% no Alentejo e 86,1% no Centro”.
Como referido, em 2024, “88,5% da população residente dos 16 aos 74 anos utilizou a internet nos 3 meses anteriores à entrevista, mais 2,7 p.p. do que no ano anterior, um aumento superior ao registado nos dois anos anteriores (2,2 p.p. em 2022 e 1,3 p.p. em 2023)”, realça. Contudo, “a proporção de utilizadores da internet obtida para Portugal em 2023 (85,8%) continuava a apresentar-se menor do que a média da União Europeia (UE-27) no mesmo ano (91,4%), mas mantendo a convergência para os valores da UE-27 observada desde 2010”.
Os resultados, a partir daqui, pioram para a Madeira, nomeadamente na proporção de pessoas dos 16 aos 74 anos que utilizaram equipamentos ou sistemas conectados com a internet, ficando em último lugar das 9 regiões portuguesas, apesar de um percentual acima dos 77%.
“No conjunto das pessoas que utilizaram a internet nos 3 meses anteriores à entrevista, 82,5% usaram equipamentos ou sistemas cujo funcionamento se encontra conectado com a internet (Internet das Coisas – IoT, acrónimo do termo inglês ‘Internet of Things’) uma proporção superior à registada em 2022 (mais 8,6 p.p.) e em 2020 (mais 12,0 p.p.)”, sendo que “por região de residência, evidencia-se a proporção de utilizadores de IoT na Península de Setúbal (85,0%) e a existência de quatro regiões em que as proporções são razoavelmente próximas da média nacional: Norte, Oeste e Vale do Tejo, Grande Lisboa e Alentejo. As regiões do Algarve (81,8%), Centro (79,7%) e as Regiões Autónomas dos Açores (78,1%) e da Madeira (77,3%) registam proporções de utilizadores abaixo da referência nacional”, aponta.
No que toca à proporção de pessoas dos 16 aos 74 anos que acederam a websites de organismos públicos nos 12 meses anteriores à entrevista, a Madeira figura em penúltimo, suplantando apenas os Açores. “As regiões Grande Lisboa (85,5%), Península de Setúbal (85,2%) e Algarve (78,4%) são as regiões com maiores proporções de pessoas que acedem a websites de organismos públicos”, enquanto os Açores (63,7%) e a Madeira (67,4%) ficaram bem abaixo da fasquia nacional.
Igualmente quanto à proporção de pessoas dos 16 aos 74 anos que utilizaram comércio electrónico nos 3 meses anteriores à entrevista, foram os madeirenses aqueles que menos se deram bem com as tecnologias para fazer compras.
No país, “em 2024, 48,9% das pessoas dos 16 aos 74 anos fizeram encomendas pela internet nos 3 meses anteriores à entrevista, mais 5,0 p.p. do que em 2023, um aumento bastante mais expressivo do que os registados nos dois anos anteriores (mais 2,3 p.p. em 2022 e mais 1,2 p.p. em 2023)”, embora Portugal continue “a apresentar níveis de utilização de comércio electrónico mais baixos do que a média da União Europeia: em 2023, 58,1% dos residentes na UE-27 fizeram encomendas pela internet nos 3 meses anteriores à entrevista, 14,2 p.p. mais do que a proporção registada em Portugal (43,9%)”.
“A Grande Lisboa (58,7%), a Península de Setúbal (55,9%) e o Alentejo (51,7%) apresentam as proporções mais elevadas de utilizadores de comercio electrónico, e as regiões do Algarve (49,7%) e Oeste e Vale do Tejo (49,2%) registam proporções muito próximas da obtida para o conjunto do país (48,9%)”, seguindo-se o Centro (46,5%), o Norte (43,7%) e os Açores (43,1%). A Madeira vem em último e destacado, com 38,4%.
Curiosamente, não é por falta de condições de acesso que estes resultados são tão baixos na Região Autónoma, que tem dos melhores acessos à internet em casa e em banda larga. “Em 2024, 90,6% dos agregados familiares em Portugal têm acesso à internet em casa e 87,0% têm uma ligação por banda larga. Estes resultados representam aumentos de 1,6 p.p. na ligação à internet e de 1,2 p.p. na ligação por banda larga em relação a 2023”.
Ora, por regiões “a ligação à internet em casa e a ligação por banda larga são mais frequentes na Grande Lisboa, Península de Setúbal, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e no Algarve. É nas regiões do Alentejo e do Oeste e Vale do Tejo que se registam as taxas mais baixas: 86,8% e 86,9%, respetivamente, no acesso à internet e 83,7% e 83,4%, no acesso à banda larga”,. diz o INE. No caso da Madeira, 92,6% das famílias têm internet em casa e 88,9% têm esse acesso em banda larga, ou seja mais rápida.
Outro indicador é a proporção de agregados familiares com ligação fixa e com ligação móvel à internet em casa. “As ligações à internet em casa que usam tecnologias fixas (84,6%) continuam a ser predominantes na casa das famílias portuguesas, contrastando com a taxa das que utilizam as ligações de tecnologia móvel (49,7%)”, sendo que a madeira está entre as com maiores percentagens, nomeadamente 87,7% com internet fixa (4.ª entre as 9 regiões) e 53,8% com ligação móvel à internet em casa (2.ª no país, somente superada pela Grande Lisboa).