Centristas denunciam “falta de recursos humanos e físicos” no Arquivo Regional da Madeira

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O grupo parlamentar do CDS-PP alertou, hoje, para o facto de a Direcção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira ter “falta de recursos humanos e físicos”.

A constatação decorre de uma visita realizada, esta manhã, pelos centristas às instalações do Arquivo Regional e
Biblioteca Pública da Madeira, seguida de uma reunião com o director
Regional, Nuno Mota, “no sentido de perceber o trabalho que está a ser
desenvolvido e as principais dificuldades”.

A líder
parlamentar do CDS, Sara Madalena, começou esta reunião questionando a direcção
sobre a possibilidade de transferir fisicamente o espólio documental
madeirense, que está arquivado na Torre do Tombo, ao que lhe terá sido transmitido pelo responsável que, “em 2023, houve a entrega
de documentos com digitalização que permitia a consulta dos documentos tal como
se estivéssemos na Torre do Tombo”. Ou seja, “mesmo que esses documentos cá
estivessem, continuariam sem estar acessíveis ao público, sendo apenas
passíveis de consulta através da digitalização que já existe”, explicou.

Depreendemos nesta reunião que não há interesse, desta Direcção Regional,
de entrar em qualquer tipo de incompatibilidade
com a DGLAB – Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, com quem
têm feito vários protocolos, pelo que não há interesse da Direcção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira em trazer os
documentos físicos
Sara Madalena

Na oportunidade, o grupo parlamentar disse também ter conhecimento que “existem cerca de 120 funcionários nesta Direcção
Regional e que são manifestamente escassos”. Isto quando “os demais serviços
da administração regional têm falta de recursos humanos para dar conta do
espólio arquivístico”, acrescentou Sara Madalena. 

A parlamentar observa também que “com o apoio de um milhão e meio do PRR, há cerca de 12
colaboradores, em outsourcing, a trabalharem em microfilmagem e digitalização,
mas, mesmo assim, continuam a ser poucos os recursos humanos, tendo em conta as
reais necessidades”.

“Uma das
principais dificuldades que a direcção regional enfrenta no momento é que a
capacidade do arquivo está quase no limite, encontra-se com 27 km lineares de
documentação, sendo a capacidade máxima 33 km”, evidenciou o CDS, prevendo o “aumento do arquivo
no próximo ano para que haja mais espaço para o espólio”.

“Visitamos a
parte da conservação, do restauro e pudemos ver in loco o trabalho moroso e
minucioso que é realizado por aquela equipa”, relatou
ainda líder parlamentar. Por essa razão, o CDS considera que “esta profissão deve ser mais valorizada e defende que é imprescindível e
premente que se proceda à ampliação daquelas instalações, no sentido de
reforçar a sua eficiência e eficácia nas respetivas valências de arquivo”.

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