“Doença mental ainda sofre de estigma elevado”

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À margem da sessão de abertura do III Congresso de Psicólogos da Madeira, o Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Francisco Miranda Rodrigues reforçou a convicção de que há, felizmente, cada vez menos estigma dos cidadãos em recorrer ao apoio do psicólogo. A prova disso diz ser “as taxas de crescimento de procura pelos nossos profissionais são de dois dígitos, dois dígitos muito grandes”. Demonstram que o estigma é cada vez menor, embora reconheça o estigma “enquanto crença que nós temos sobre qualquer coisa, existirá sempre”.

Onde o acesso à profissão ainda encontra grande resistência é na saúde mental. “A doença mental ainda sofre de estigma elevado”, admite, realidade que diz ser transversal a todo o país.

Preocupado com alguns dos fenómenos que também preocupam muitos cidadãos, alguns associados ao desenvolvimento tecnológico, mas também com alguns velhos problemas, como é o caso das dependências, Francisco Miranda Rodrigues reconhece que na Madeira esta última realidade tem “particular impacto”.

Motivo de satisfação é constatar que há cada vez mais psicólogos em todas as áreas da sociedade, inclusive no desenvolvimento tecnológico.

Relativamente ao cheque-psicólogo, medida do Governo para facilitar o acesso a cuidados de saúde mental aos estudantes de instituições do ensino superior portuguesas, não deve servir para compensar o necessário investimento em respostas mais adequadas que garantam o acesso universal dos cidadãos a cuidados de psicologia.

A opinião é do do Bastonário, para quem esta medida deve ser “complementar e transitória. Não pode se substituir de maneira nenhuma, não pode, não deve, não conseguiria substituir aquilo que é o necessário investimento nas estruturas mais basilares que podem e devem ser as respostas mais adequadas para universalmente as pessoas poderem ter o acesso que necessitam, sejam as pessoas no geral, sejam os estudantes do ensino superior em particular”, concretizou.

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