A promessa de estabilidade do PS a contrastar com a instabilidade actual

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“(Só com o PS é possível) garantir estabilidade governativa”.
Este foi uma das principais ideias que o PS tentou passar ao longo
da campanha que hoje termina.

Paulo Cafôfo, presidente dos socialistas, como anunciado nas eleições anteriores,
tinha um plano para quatro anos. Nem a um chegou e teve de se apresentar
novamente a eleições regionais e a candidato a presidente do Governo Regional.

Não que a isso fosse obrigado, pois teve o adversário Carlos
Pereia a reivindicar, primárias no partido e a querer ser candidato.

Cafôfo lidou com esse problema, convocando eleições internas
e a realização de um Congresso, que pretendeu que fosse catapulta para uma onda
de entusiasmo eleitoral crescente. Mas esse tsunami não se verificou. Na melhor
das hipóteses houve uma ondinha.

Neste momento, Cafôfo luta, na prática, ainda que não assumidamente,
para ficar à frente do JPP.

Quanto à campanha, propriamente dita, fez o possível:
apostou no contacto directo e pausado com a população, aspecto em que é bom.

Um dos momentos altos da campanha, pela notoriedade e projeção
que dá, foi a arruda da última quarta-feira.

Na comunicação e nos temas de campanha, apostou no óbvio:
habitação; saúde, educação e obras. Mas acrescentou a promessa de estabilidade
e tentou conquistar o indispensável voto dos funcionários públicos, para quem
pretende ganhar eleições, ao prometer que ninguém será perseguido pela sua cor
partidária.

Nas promessas mais materiais, destacaram-se algumas: baixar
impostos, construir uma via rápida para a Calheta; uma via expresso para os
Canhas e estudar a construção de uma linha de metro entre o Funchal e o Caniço.

Além disso, vai ter um plano para a habitação, para a saúde,
para resolver listas de espera e outro para a educação, com creches gratuitas
para todos e pagamento de propinas aos alunos do ensino superior.

É muita despesa e menos receita de impostos.

Cafôfo argumenta que nos Açores a redução de impostos não
implicou a diminuição da receita e diz contar com a recuperação dos apoios
ilegalmente concedidos na Zona Franca da Madeira. Duas realidades incertas e
que assentam num acto de fé do presidente socialista.

A mesma que aparenta ter em chegar à presidência do Governo
Regional.

Veremos se o apelo ao voto útil, tão insistentemente
repetido, vai surtir o efeito desejado, quando nas últimas duas eleições isso
não aconteceu e uma delas foi já protagonizada por Paulo Cafôfo. As sondagens
indiciam que não.

Dentro de poucas horas saberemos.

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