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Nas discussões nas redes sociais, há quem aponte as antigas ligações partidárias de alguns candidatos. Há até quem identifique determinadas listas como sendo constituídas por dissidentes de outras forças políticas. Mas será que é uma situação que afecta todas as listas?
Para avaliar esta questão, o DIÁRIO comparou as listas apresentadas nas últimas sete eleições legislativas regionais da Madeira, realizadas em 2007, 2011, 2015, 2019, 2023, 2024 e 2025. Chegámos à conclusão que nas listas que vão a votos a 23 de Março, há 67 candidatos que já passaram por listas de outros partidos em eleições regionais anteriores.
A Nova Direita e a coligação ‘Força Madeira’ (que junta PTP, MPT e RIR) são quem apresenta mais nomes que já figuraram nas listas de outros partidos, com 11 cada. Seguem-se ADN (10), Livre (7), Iniciativa Liberal (6), JPP (5), PS (3), Chega (3), CDU (3), CDS (3), PPM (3), PSD (1) e PAN (1). O Bloco de Esquerda é o único que não apresenta candidatos ‘reciclados’.
Por sua vez, o partido que tem mais ex-candidatos seus (13) distribuídos por outras listas nestas eleições antecipadas é o Chega: nove na Nova Direita, dois no CDSe dois no ADN.
Há listas que têm candidatos em lugares de grande destaque. Por exemplo, Raquel Coelho, cabeça-de-lista da coligação ‘Força Madeira’ foi candidata do PND em 2007. Também a cabeça-de-lista do Livre, Marta Sofia, figurou na lista do Bloco de Esquerda (no 41.º lugar) nas eleições realizadas há seis anos.
Há ainda quatro candidatos que aparecem agora em ‘número dois’ das listas e que em escrutínios anteriores surgiam noutros partidos: Filipe Sousa do JPP (estava no PS em 2007), Maria Manuela Gonçalves (estava noPTP em 2011), João Gilberto Abreu do ADN (estava no PDR em 2015) e Davide Nóbrega da Nova Direita (estava no Chega em 2024).
Outros casos curiosos que merecerem referência. Por exemplo, o único candidato ‘reciclado’ pelo PSD é Roberto Vieira, que no passado apareceu em listas do RIR, MPT e da coligação ‘Mudança’. Na lista social-democrata ocupa o 45.º lugar.
Por outro lado, o candidato que passou por mais listas diferentes nestas sete eleições que foram analisadas é alguém pouco conhecido. Policarpo Figueira foi candidato pelo CDS em 2007, pelo BE em 2011, pelo PDR em 2019 e pelo PS em 2024 e 2025.
“Em todas as listas há esse tipo de saltimbancos que concorreram por outros partidos” – Comentário no Facebook