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https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/MD/teaser-pic-default_2YBv304.jpg“Qualquer ANTI não é mais do que um NÃO simples e vazio”
Ortega Y Gasset
Dia 23 de março, o Povo Madeirense é, de novo, pela terceira vez em 18 meses, chamado a votar, devido à irresponsabilidade dos partidos da oposição ao governo PSD – CDS.
Mau grado haver um projeto de governo claro. Que assegurava a continuidade da afirmação da Madeira, enquanto região Europeia e de turismo, este em crescendo. Que assumia a integração crucial da agricultura com o ambiente e que defendia a pertinência da aposta na área de serviços, nomeadamente dos muito concorrenciais tecnológicos. E como se já não fosse pouco, neste tempo de incerteza mundial, a tudo isto se aduzia o maior crescimento económico de sempre e um nível de investimento (público e privado) único, associado, ainda, a uma dívida pública menor do que a nacional e do que a da UE, bem como um superavit orçamental. E no que mais dizia diretamente respeito à população, com um desemprego residual, com todas as implicações positivas, de cariz social.
Mas nem todo este quadro, estratégico, económico-financeiro e social, significou o que quer que fosse para as oposições. A evidente falta de postura de Estado, ditada pela ânsia sôfrega de poder a todo custo, levou-os a derrubar o governo liderado por Miguel Albuquerque, sem, definitivamente, qualquer respeito pela Região e pelo seu Povo.
Dito isto e após tal crime de lesa-majestade, em que a governação teve, pela sua condição de gestão, praticamente de parar, o que nos propõem essas mesmas oposições?

Pelo que se vê, ouve e lê, uma mão cheia de ‘ofertas’, qual leilão a pataco como se costuma dizer. A ver quem dá mais, hoje sobre isto, amanhã sobre aquilo, esquecendo-se que ‘quando a esmola é grande, até o santo desconfia’. Atitude só possível, aliás, por parte de quem nada mais é do que demagogo ou populista, ou para quem não tem a menor noção do que é governar.
Não se esgotam, porém, verdade seja dita, nessas ofertas e nesse leilão, os “projetos” das oposições. Todas elas alinham ainda numa outra máxima. Que mesmo que o Povo Madeirense dê uma nova maioria a Albuquerque, jamais negociarão com ele. Demonstrando, uma vez mais de forma insofismável, que o seu respeito, pela vontade do Povo Madeirense, é nulo.
Ou seja. Estes são os “projetos” da oposição. Oferecer tudo e o seu contrário, dia sim, dia não, e não falar com o líder do PSD-M, caso este, mesmo vencendo as eleições, não obtenha a maioria absoluta.
Todavia e quanto ao que interessa de facto, nomeadamente o que defendem para a Madeira e para o seu Povo, estamos, literalmente, perante uma mão cheia de nada.
Neste contexto, confesso, não posso deixar de apelar, veementemente, enquanto cidadão desde sempre interessado no presente e no futuro da Madeira e do seu Povo, a uma votação ainda mais expressiva no PSD-M, de modo a que tudo quanto acima se referiu, sobre o projeto em curso para a Madeira e os indicadores observáveis aos mais diversos níveis e setores, possa ser continuado, induzindo, concomitantemente também, a melhoria dos processos, só possível com uma estabilidade institucional clara.