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O Livre lamentou hoje a “falta de interesse” do Governo Regional da Madeira e da Câmara do Funchal na gestão dos bairros das Romeiras, Canto do Muro e Quinta Josefina, defendendo a necessidade de “um investimento público robusto”.
“Existe uma falta de interesse tanto por parte do Governo [Regional], como por parte neste caso da gestão camarária dos dois bairros [Canto do Muro e Quinta Josefina]”, afirmou a cabeça de lista do Livre às eleições regionais antecipadas de dia 23 na Madeira, Marta Sofia Silva.
Segundo a candidata, que visitou hoje os três bairros, no âmbito da campanha eleitoral, nestes conjuntos habitacionais “nada foi feito”, embora o Governo Regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, e o município do Funchal (PSD/CDS-PP) “apregoem que tudo têm feito para garantir a qualidade de vida” de quem lá vive.
“Essa não é a verdade”, acusou a candidata, defendendo que por isso é “necessário que se comece a ter um investimento público robusto e também articulado com os fundos europeus”, não só no âmbito da construção, como no âmbito da manutenção.
Segundo relatou à Lusa Marta Sofia Silva, durante a visita ao bairro das Romeiras, que está sob gestão do Instituto Habitacional da Madeira e tem 148 fogos, a comitiva do Livre constatou que, “além da degradação dos edifícios”, é possível também ver que falta manutenção no interior, tendo inclusive uma moradora referido que chove dentro de casa.
Quanto ao bairro Canto do Muro é “mais um bairro em completa degradação”, afirmou a candidata.
“Embora tenham no ano passado feito obras, continuamos a ver a degradação dos edifícios, tanto a nível interior, como exterior”, contou, falando em queixas sobre infiltrações e no caso de dois blocos de apartamentos que estão “há anos à espera de obras”.
No bairro da Quinta Josefina, “embora esteja todo bonitinho por fora, houve queixas de moradores no que concerne à manutenção”, referiu, descrevendo apartamentos a precisar de manutenção, problemas com infiltrações e bolor.
Num dia de campanha dedicado à habitação, a candidata do Livre destacou ainda a necessidade de políticas que garantam habitação “verdadeiramente acessível”.
“É preciso apostar em 10% de habitação pública nos próximos cinco anos”, defendeu.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).