BE defende aumento da oferta de cursos na universidade e fim das propinas

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A candidatura do BE às eleições antecipadas de dia 23 na Madeira foi hoje à universidade ouvir as preocupações dos estudantes, alertando para a necessidade de acabar com as propinas e aumentar a oferta formativa da instituição.

“O Bloco de Esquerda esteve na UMa [Universidade da Madeira] não só para falar com os jovens, mas mais do que para falar, estivemos para ouvir os jovens e ouvimos muitas das preocupações que já sabíamos que eles tinham”, salientou Diogo Teixeira, o porta-voz da iniciativa, que ocupa o terceiro lugar na lista dos bloquistas.

Diogo Teixeira destacou o valor elevado das propinas, a falta de oferta formativa, que “acaba por empurrar muitos jovens madeirenses para o continente”, e o preço das habitações, com a residência universitária do Funchal a não conseguir dar resposta a esta carência.

O candidato disse ser necessário aumentar a oferta formativa da UMa, designadamente na formação de professores e em áreas como Filosofia, História e Direito, assim como acabar com as propinas para os estudantes do ensino superior e assegurar que a educação é gratuita desde a creche até à universidade.

Referindo que os alunos também apontaram os elevados preços do mercado de arrendamento, Diogo Teixeira realçou que o BE “volta a reforçar as propostas para a habitação, seja a limitação do alojamento local, seja a limitação ou proibição de casa por estrangeiros não residentes e a construção de mais casas a preços controlados”.

A valorização dos salários é também outra das preocupações da candidatura do BE – encabeçada por Roberto Almada – partido que perdeu a representação parlamentar na Assembleia Legislativa Regional nas últimas eleições.

O bloco quer não só o aumento do salário mínimo, como também dos restantes ordenados, vincou o candidato Diogo Teixeira.

Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.

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