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O deputado do Chega-Madeira, Francisco Gomes,
acusou Luís Montenegro de conduzir o país para uma crise política, abrindo o
caminho para novas eleições legislativas nacionais.
A crise emergiu após o
chumbo da moção de confiança debatida, esta tarde, na Assembleia da República,
apresentada pelo próprio governo na sequência de revelações de que o primeiro-ministro
alegadamente exerceu as funções de chefe de governo, enquanto auferiu de
remunerações de empresas privadas, incluindo algumas com contratos directos com
o Estado.
O deputado madeirense denunciou que a
empresa que o primeiro-ministro alega ser de natureza familiar, na realidade,
não possui qualquer existência autónoma fora da esfera pessoal do governante. Francisco
Gomes mais culpou Luís Montenegro de usar a sua empresa como um “bengaleiro” para pendurar as avenças que recebe, mascarando assim uma actividade empresarial
que colide com o exercício de funções.
É uma situação insustentável. O primeiro-ministro
agiu com desprezo pelo princípio da transparência, criando uma estrutura
artificial para encobrir os pagamentos que recebe de empresas com interesses
directos junto do Estado. Dito isto, PSD e o PS comportaram-se como cúmplices
neste processo vergonhoso que leva o país para a lama.Francisco Gomes, Chega-Madeira
Francisco Gomes incriminou o
primeiro-ministro de “cobardia política” ao não se demitir perante as notícias
vindas a público sobre a sua vida empresarial. Segundo o deputado do Chega, Montenegro
recusou-se reiteradamente a prestar esclarecimentos cabais ao país e, pelo seu
comportamento, colocou-se “ao nível de carteiristas”, usando o Estado de forma
leviana para sustentar uma vida empresarial paralela.
O parlamentar criticou ainda o
governo pelo desempenho no debate da moção de confiança, acusando-o de tentar
desviar atenções das acusações de que é alvo com negociações laterais com o
líder do PS para limitar a já anunciada comissão de inquérito.
“Tentaram usar a moção de confiança
como um escudo para evitar o escrutínio ao primeiro-ministro e, já no debate,
tentaram fazer um ‘arranjinho’ com o PS para limitar a actuação da comissão de
inquérito. Comportaram-se como feirantes sem nível e sem respeito pelo cargo
que ocupam e pelo país”, sublinhou o deputado.
A concluir, Francisco Gomes afirmou
que “o Chega está pronto para eleições” e disse que o partido assume os objectivos
de “limpar Portugal desta podridão e do situacionismo criado por PSD e PS ao
longo de cinquenta anos”.