This post was originally published on this site
https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/MD/Bar%C3%B3metro_de_campanha-01_5OV1Juq.JPEGA temperatura política é medida hoje pelo jornalista e director das rádios JM FM, Calheta e Santana FM. Entende que “as redes sociais mudaram o mundo”, mas desta parte para outras leituras.

“No plano político, são usadas como ferramentas poderosas para disseminação de informação e envolvimento dos eleitores. Mas há o lado da desinformação, com o intuito de manipular a opinião pública. A utilização dessas redes pelos políticos, é vista como forma de chegar aos mais novos. Mas, há quem pense que consegue cativar votos com brindes de poncha, beijos no cachorro, idas à manicure ou receitas de ovos. Não! Os mais novos querem respostas a problemas que lhes afectam, desde a falta de habitação, desemprego qualificado, saúde mental e bem-estar, entre outros. Para os jovens madeirenses, há questões acrescidas, nomeadamente a dificuldade da região em reter talento jovem, e com isso a necessidade de procurarem outros caminhos. Muitos deles sentem os “nossos” NAPA. “Palavra a palavra/Nunca vais entender/A dor que me cala/A solidão que assombra/A hora da partida/Carrego o sossego de poder voltar/Mãe olha à janela, que eu tou a chegar”. Que regressem e sejam felizes na terra que os viu nascer, sem amarrações políticas ou falsas promessas. É isso que querem! E parabéns aos NAPA!”, refere na introdução ao barómetro diário.

Há cartazes por todo o lado. Cartazes com espaços próprios definidos por lei, mas outros não. É a proliferação de cartazes que aparecem em postes (que se confundem com sinais de trânsito) e lugares inóspitos. A moda é colocar grandes estruturas em rotundas, pela visibilidade que permitem. Mas, tapam paredes de pedras únicas e que fazem parte do património madeirense. Mas, pior, são estruturas que já lá estão montadas há muito tempo e que nunca são retiradas. Há cartazes que ficam meses após as eleições e as autarquias não as podem remover. Depois das eleições, são muitas vezes abandonados e são um mau “cartaz” para uma região onde o turismo é o motor da economia. Ética política também é respeitar os cidadãos. Há que DESLOCAR cartazes e respectivas estruturas.

Numa das passagens pelo Jardim do Mar, dei-me à conversa com o Sr. Humberto Sumares. Na venda da Teresa, entre dois ou três dedos de conversa e igual número de minis, falamos de políticos. Dizia-me o experiente homem que alguns políticos só “me conhecem, antes das eleições”. Dizia ele que aquilo era “abraços e beijos”, mas que depois do domingo de eleições já “passavam pela pessoa e nem olhavam”.
Na verdade, não era preciso receber essa sapiência do Sr. Humberto, para saber que alguns são assim. Felizmente que não são todos. Mas que os políticos não se esqueçam que os eleitores até podem não memorizar as promessas eleitorais, mas não esquecem como são tratados e destratados. A caça ao voto é normal. Anormal é a arrogância.
Há que DESLOCAR esses políticos dos partidos políticos.

Conheço o Nuno Morna há muitos anos. Homem da cultura, inspirado obviamente por sua mãe, passou por várias fases da vida como actor, produtor, empresário, cronista, técnico de aeronáutica e foi deputado eleito pela iniciativa liberal, até ao dia em que André Ventura decidiu deitar isto tudo abaixo. Não somos amigos, mas somos conhecidos. Trocamos ideias, e nem sempre estando de acordo com o que defende, bebo muito das suas sugestões discográficas e literárias, que partilha na sua crónica aqui no DIÁRIO. Enquanto deputado único, fez um trabalho notável no parlamento madeirense e não sendo reconduzido, tudo irá ser diferente. Temo que a Iniciativa Liberal possa perder votos e quiçá o lugar na Assembleia Regional, só porque deixou o Nuno Morna DESLOCADO.

Passaram cinco meses – feitos ontem – desde a apresentação, pelo Governo da República, de um Plano de Acção para a Comunicação Social. Passado todo este tempo, nada se fez em benefício para um sector em dificuldades. A medida 26 (de um total de 30) apontava para a inserção, nas rádios locais, dos tempos de antena para todos os actos eleitorais. Mas nada foi feito nesse sentido e, provavelmente, se cair o Governo da República, vai tudo pelo cano abaixo. Perdeu-se assim uma oportunidade de se dar mais um passo no combate à abstenção. Sim, porque sendo as rádios locais de proximidade, perdem os seus ouvintes a possibilidade de saber os que pensam aqueles que vão (ou não) eleger. Relembro que as abstenções mais baixas acontecem precisamente nas autárquicas, que são as únicas eleições com tempos de antena nas rádios locais.
Mais um passo DESLOCADO de um governo que prometeu e nada fez.