Prática de golfe na Madeira cresce 12%

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O volume de negócios gerado pelos campos de golfe, em
Portugal, supera o observado em período pré-pandemia, ou seja 2019, em mais de
40%.

A Região Autónoma da Madeira, embora represente apenas 3%
das voltas registadas em Portugal, distingue-se de outras regiões pelo perfil
do praticante. 35% são de origem dinamarquesa e 25% são portugueses. A região
distingue-se ainda pela baixa taxa de sazonalidade, com os meses de Verão a
representarem apenas 19% do total das voltas.

Estes são os resultados do Estudo Impacto Económico do Golfe
em Portugal, promovido pela Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) e
pela Confederação de Turismo de Portugal (CTP), desenvolvido pela Ernst &
Young Parthenon, que pretende analisar a evolução do Golfe em Portugal de 2019
a 2023 e estimar o seu impacto económico no mesmo período.

Apesar da Região Autónoma da Madeira ter sido das mais afectadas
pela crise pandémica, consolidou a recuperação em 2023, com um aumento de 12%
do número de voltas face aos valores pré-pandemia. Segundo Nuno Sepúlveda,
presidente da direção do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), “a
Madeira tem ainda muito potencial de crescimento e óptima condição para a
prática da modalidade”.

Já o Algarve distingue-se claramente no panorama nacional
como a principal região para a prática do golfe, com um forte posicionamento no
mercado internacional, que lhe permite captar 62% das voltas em Portugal,
maioritariamente de praticantes estrangeiros, em particular britânicos (cerca
de 46% das voltas na região). Seguem-se os praticantes de origem sueca (8%), os
portugueses e os alemães (ambos com 7%) e, em quinto lugar praticantes oriundos
dos Países Baixos (3,5%).

 De forma direta, o
setor contribuiu, em 2023, com 120 milhões euros para o PIB nacional. Grande
parte do VAB gerado pelo setor resultou de campos localizados na região do
Algarve (100 M€), refletindo a distribuição territorial dos campos e das
voltas. No mesmo ano, as exportações diretas do setor ascenderam a 149 M€.

Quando considerados os efeitos catalisados da atividade do
golfe, o seu impacto global ascende a 4,2 mil milhões de euros, ou seja,
contribui para cerca de 1,6% do PIB nacional. Associado a este impacto, o setor
contribuiu para a criação de mais de 110 mil empregos (equivalente a tempo
completo), correspondendo a mais de 2,2 mil milhões de euros em remunerações.

A estes impactos também acrescem os no imobiliário e
construção decorrentes dos investimentos em turismo residencial por parte dos
visitantes.

Número total de voltas cresceu 5% em 2023

No referido estudo, verifica-se que o número total de voltas
cresceu 5% em 2023, em relação a 2022, com um total de 2 412 612. Também o
número de voltas aumentou após o fim da crise pandémica (+12% entre 2019 e
2023. Em 2023 o perfil de visitantes por origem voltou a alinhar-se com a
realidade pré- pandemia com o claro predomínio de golfistas estrangeiros (74%).
Ainda assim merece destaque o ligeiro reforço da quota de sócios no total de
voltas nos últimos dois anos (31%) face a 2019 (27%).

“A recuperação da prática do golfe é relevante para o
próprio setor, mas também para o turismo e a economia portuguesa, uma vez que o
seu valor económico não se esgota no rendimento e empregos gerados nos campos
de golfe. Para além do efeito de arrastamento gerado pelos seus consumos
intermédios (manutenção, reparação, utilities, mercadorias), o golfe em
Portugal atua também como alavanca da procura de alojamento, restauração,
transportes, comércios e atividades de lazer, fruto da capacidade de atração de
praticantes estrangeiros com maior poder de compra que o “turista médio”,
gerando um impacto por hóspede mais significativo”.
Nuno Sepúlveda presidente da direção do CNIG

Reino Unido é o maior mercado emissor de turistas

O Reino Unido é o maior mercado emissor de turistas de golfe
para Portugal e os Estados Unidos surgem, pela primeira vez, no top dez dos
mercados emissores para a prática de golfe em Portugal.

Nas restantes regiões do país os praticantes portugueses
representam o principal mercado emissor – com especial relevância na Região
Autónoma dos Açores e no Norte – com exceção na Região Autónoma da Madeira,
onde a Dinamarca lidera o número total de voltas (cerca de 35% das voltas em
2023).

Os períodos de maior intensidade de praticantes de golfe
ocorrem entre março e maio e entre setembro e novembro, contribuindo desta
forma para a redução da sazonalidade turística em época alta (entre junho e
setembro). O mês de outubro continua como o mês preferido para a prática de
golfe, seguido de abril e maio.

Tania Cova

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Tania Cova

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