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Colisão entre navio e petroleiro no mar do Norte teve impacto limitado

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O armador do petroleiro que colidiu há uma semana com um navio porta-contentores registado na Madeira admitiu que milhares de barris de querosene foram derramados, mas garantiu que os danos ambientais foram limitados.

A empresa norte-americana Crowley disse que, “com base numa avaliação da equipa de salvamento, foi confirmado que 17.515 barris de combustível Jet-A1 foram perdidos como resultado do impacto e do incêndio. A restante carga está segura”.

De acordo com um comunicado divulgado no domingo, as equipas de resgate determinaram que a extensão dos danos estava limitada a um depósito de combustível e um depósito de água.

O operador do Stena Immaculate, um petroleiro norte-americano que transportava combustível para as forças armadas dos Estados Unidos, elogiou a “ação heroica” da tripulação que tomou precauções contra o incêndio antes de abandonar o navio.

O Stena Immaculate transportava cerca de 220 mil barris de combustível de aviação, algo gerou preocupação entre os ambientalistas. Mas uma análise da área mostrou que não parecia haver um derrame, disseram as autoridades.

A causa da colisão, em 10 de março entre o navio porta-contentores Solong e o Stena Immaculate, que estava ancorado a cerca de 20 quilómetros da costa de Yorkshire, no nordeste de Inglaterra, ainda não é clara.

A colisão provocou grandes incêndios a bordo de ambos os navios, que foram controlados após vários dias de combate às chamas.

A investigação, liderada pelos EUA e por Portugal, os países onde os navios estão registados, continuam a tentar determinar porque é que o Solong mudou de rumo e colidiu com o Stena Immaculate, oito horas depois.

Os 23 membros da tripulação do Stena Immaculate foram transportados para terra, assim como 13 dos 14 tripulantes do Solong.

Um membro da tripulação de Solong, identificado pelos procuradores como Mark Angelo Pernia, de 38 anos, natural das Filipinas, desapareceu e foi já dado como morto.

O Governo do Reino Unido descartou a possibilidade de um ato criminoso, mas o capitão russo de Solong ficou em prisão preventiva, após ser acusado de homicídio por negligência grave.

Vladimir Motin, de 59 anos, natural da cidade russa de São Petersburgo, foi presente no sábado ao Tribunal de Magistrados de Hull, no nordeste de Inglaterra.

A mesma fonte refere que não foi feito qualquer pedido de libertação e que ficou agendada uma nova sessão de julgamento para 14 de abril, em Londres.

De acordo com a sua página eletrónica, dos 33 navios que a empresa alemã Ernst Russ possui, total ou parcialmente, 22 estão registados na Madeira, em Portugal.

Os documentos de inspeção portuária mostram que o Solong falhou as verificações de segurança relacionadas com a condução em Dublin, na Irlanda, em julho, com as “comunicações de posição de condução de emergência/leitura da bússola” da embarcação ilegíveis.

Agencia Lusa

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