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https://static-storage.dnoticias.pt/www-assets.dnoticias.pt/images/configuration/MD/736484ac-051a-4f42-a0d3-8d64058000b0.JPEGA coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) na Madeira, Dina Letra, denunciou hoje, durante uma acção de campanha junto ao Anadia, o acentuado agravamento do custo de vida na Região nos últimos três anos, apontando para o impacto dramático que essa realidade tem tido nas famílias madeirenses.
Segundo Dina Letra, o aumento dos preços tem sido particularmente visível no cabaz básico alimentar, que passou de cerca de 180 euros em 2022 para mais de 230 euros actualmente — uma subida superior a 30%.
“Estamos a falar de bens alimentares essenciais para a vida de toda a gente”, destacou a dirigente bloquista, alertando que este aumento tem penalizado gravemente as famílias, sobretudo as de classe média e as mais desfavorecidas.
A líder do BE criticou ainda o facto de a Madeira continuar a registar uma das taxas de inflação mais elevadas do país, agravando ainda mais o impacto económico nas famílias. Dina Letra sublinhou que esta escalada dos preços foi acompanhada por um forte aumento das taxas do crédito à habitação, intensificando o empobrecimento generalizado da população.
“As famílias estão a perder poder de compra de forma alarmante, enquanto os salários permanecem estagnados. O empobrecimento tem sido uma realidade crescente, não apenas entre os mais vulneráveis, mas também na classe média, que tem sido fortemente atingida”, afirmou.
Dina Letra apontou ainda que, apesar das dificuldades sentidas pela população, a economia madeirense tem registado um crescimento expressivo. Em 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região atingiu 7 mil milhões de euros, segundo dados divulgados pelo Governo Regional.
“A riqueza cresce, a receita fiscal aumenta — mais de mil milhões de euros arrecadados — mas as pessoas vivem pior. Não é assim que queremos que a Madeira continue”, criticou.
A coordenadora do BE acusou ainda o Governo Regional de favorecer os grandes grupos económicos em detrimento das famílias madeirenses. Apontou como exemplo a manutenção do monopólio no transporte de mercadorias, que, segundo Letra, “continua a privilegiar a família Sousa”, bem como os benefícios fiscais atribuídos ao Grupo Pestana, que recebe anualmente mais de 20 milhões de euros do erário público.
Em contraponto, Dina Letra defendeu um conjunto de medidas que o Bloco de Esquerda pretende levar ao Parlamento Regional, destacando Redução do IVA nos bens essenciais, como o cabaz alimentar, eletricidade e gás; Redução da carga fiscal sobre os produtos de primeira necessidade, para aliviar a pressão sobre os orçamentos familiares; Revisão das políticas fiscais, para garantir que a riqueza gerada na Madeira beneficie toda a população e não apenas os grandes grupos económicos.
“A Madeira precisa de uma política económica que coloque as pessoas no centro das decisões. É preciso garantir que a riqueza que é criada chegue realmente aos bolsos das famílias e não apenas às grandes empresas”, defendeu Dina Letra.
A dirigente bloquista apelou ainda ao voto dos madeirenses nas próximas eleições regionais, sublinhando que é essencial eleger representantes que defendam medidas concretas para travar o agravamento do custo de vida e garantir maior justiça social na Madeira.
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