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A Madeira vê-se, mais uma vez,
mergulhada numa crise política e novamente, comandada pelo centralismo
Lisboeta.

Se a anterior teve o cunho do próprio Ministério Público encenada por
uma espécie de invasão a uma região Autónoma,, desta vez, o Chega pela pena de
André Ventura, usou as marionetes de serviço na Região, para fazer cair o
governo através de uma “mal amanhada” moção de censura que contou com o apoio
de toda a oposição do Parlamento Madeirense, desde a esquerda à direita (e as
linhas vermelhas?). Substituindo-se ao poder judicial, os deputados entenderam
que a situação de arguido é a mesma de condenado! Uma patranha política que
contou com o beneplácito do presidente da República que nem uma palavra dirigiu
aos Madeirenses que se viram obrigados a voltar às urnas.

Desta vez é mesmo necessário
que todos regressem às urnas, essencialmente aqueles que se têm abstido de o
fazer! É preciso voltar a dar a maioria absoluta a um só partido ou a um
conjunto de dois, por forma, a que a situação de instabilidade política não se
arraste, sem governo instalado e sem orçamento, levando a Madeira para um beco
sem saída e de inversão de marcha no desenvolvimento económico e social! Pensem
nisto!

A ética é um princípio moral que permite distinguir entre o bem e o mal. Que rege a conduta pessoal de um indivíduo no seu dia a dia, quer ao nível social, profissional ou político.

O CDS, pela voz de José Manuel Rodrigues, apresenta-se como um partido “com ética”.

Ora, à luz dos princípios atrás referidos, trata-se de um verdadeiro embuste já que, se há alguém que não pode falar em ética na política é o líder dos centristas madeirenses. É que pelo que vi e ouvi na RTP/M nas palavras da deputada Sara Madalena, desde 2019 que José Manuel Rodrigues vem, sistematicamente, eleição após eleição e contrariamente a norma estabelecida para a ocupação do cargo, que pertence ao partido mais votado, “negociando” do ponto de vista pessoal, o lugar de presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, aproveitando a fragilidade negocial do PSD que, embora tivesse vencido as eleições, não teve maioria para governar e necessitou dos três deputados do CDS. Se isto não é falta de ética política, de que se trata?

A saúde dos madeirenses é um tema muito apetecível à politiquice corriqueira.

Não por não ser um assunto de importância vital, mas por ser tratado de forma leviana. O barómetro depende de candidato para candidato ou de partido para partido. Todos têm soluções na manga, a maioria vulgarizadas ou sem consistência. Alguns nem sabem do que falam e da seriedade com que o sector merece ser tratado. É de uma demagogia profunda, afirmar-se que “se fôr governo, a Região vai ter mais médicos e mais enfermeiros como se fosse possível encontrar estes profissionais disponíveis ao virar da esquina, sabendo que o sector já absorve, por exemplo, a totalidade dos enfermeiros formados na Madeira. Até parece que basta ir à Olaria e já se arranjam dezenas de médicos e enfermeiros. No rol das soluções, por exemplo, o JPP afiança que irá canalizar dinheiro para a saúde reduzindo a composição do governo e a despesa pública! Mas como? Por magia ou fechando secretarias e despedindo centenas de funcionários públicos? Só pode!!

“Estabilidade” e “Compromisso” são duas palavras fortes que nos levam às juras de casamento mas que, na maioria das vezes, não são cumpridas. Paulo Cafôfo garante que com ele é mesmo a sério, haverá estabilidade e compromisso. Ora vamos lá recordar o passado recente do presidente do PS. No campo da estabilidade, mandou ao ar a coligação que o elegeu no primeiro mandato na presidência da Câmara do Funchal. No campo do compromisso e no segundo mandato na presidência da CMF, abandonou a meio para se candidatar a presidente do governo Regional e acabou em deputado. Demitiu-se da presidência do PS, deixou a Assembleia e regressou à escola com juras de que “é este o meu lugar”. Pois…era! Chamado por António Costa, assumiu o cargo de secretário de Estado das Comunidades onde ficou por cumprir, por exemplo, a ligação aérea directa entre a Madeira e Caracas! Estamos falados de estabilidade e compromisso!

Os cartazes que proliferam por aí, não fazem sentido e têm falta de criatividade. Desde o vamilhá, passando pelas malas, o uso de fotos de outros candidatos, tratar os madeirenses como ignorantes confundindo luz com electricidade, são de um maus gosto atroz. Não existe uma mensagem clara ou uma proposta cativante.

A esfriar também anda Manuel António Correia. Aspirante a líder do PSD/M, não o tenho visto em campanha. Pode ser falha da minha parte. É que ficar parado não abona a favor de quem quer liderar um partido ganhador! Para o absurdo e para o fim da linha já basta a sugestão de Miguel de Sousa para entendimentos com o JPP!

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