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Madeira “sente o Porto Santo como muito seu”

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Nuno Batista assume viver “uma alegria muito grande e um
sentimento muito especial” aos constatar que o Porto Santo está devidamente representado
no stand da Madeira na BTL.

“No desenvolvimento do nosso trabalho em termos de turismo, o
importante é chegar às pessoas e acho que todos aqueles que vão passar aqui
pela BTL durante estes dias vão sentir exactamente o que é o Porto Santo, não
só em termos de imagem visual, mas também através dos vídeos que aqui estão. A
forma como hoje se fala do Porto Santo é eloquente. Mais do que ser um destino
turístico é um lugar sentimental de descoberta de experiências com uma
população que recebe muito bem e que lutou durante muitos anos para hoje ter
este destaque. Todos nós sabemos o caminho que foi necessário fazer. Eu sempre
disse que era um caminho que também dependia muito de nós e da nossa
competência e da nossa dedicação ao trabalho e a prova está aqui hoje”,
sublinha o edil do Porto santo.

O autarca enaltece a evolução daquela que foi a imagem do
Porto Santo nos últimos anos na BTL e que robustece aquilo que sempre defendeu,
“que era importante nós sentirmos a nossa regionalidade e sentirmos que éramos parte
integrante da Região Autónoma da Madeira”. Daí entender que mais do que esse
passo dado com firmeza, é possível afirmar que a Madeira enquanto Região “sente
o Porto Santo como muito seu”, ligação que era fundamental para construir o
futuro.

O Porto Santo vai viver em 2025 mais um bom ano em termos
turísticos. Nuno Batista assegura que a procura é muito grande, relativamente a
uma oferta que não cresceu muito em número de camas hoteleiras, embora o
alojamento local tenha contrariado essa tendência. Refere que “os preços médios
estão a disparar o que significa maior rentabilidade para as famílias e para as
empresas ligadas ao sector, assumindo que hoje a sazonalidade esteja totalmente
diferente”. Logo, vaticina que  se o
destino continuar a evoluir na questão da mobilidade dos transportes “iremos
ter sem dúvida uma sazonalidade muito menos acentuada, iremos ter e conseguir
chegar àquilo que são os segmentos de mercado que nós vemos como os mais
importantes para chegar ao Porto Santo e depois é esta dinâmica toda que é
necessária implementar de forma a que depois também neste caso o município como
hoje tem a capacidade de fazer o seu próprio trabalho, tem orçamento para isso,
possa intervir directamente e que de alguma forma, em algumas coisas também
possamos escolher o nosso caminho e esse sempre foi um caminho que nós não o
fazemos, não o queremos fazer de forma isolada mas queremos fazer naquilo que é
também a nossa vivência e a nossa forma de pensar”.

No âmbito de atractividade do destino, as ligações aéreas são
sempre fundamentais. Um assunto que tenciona abordar com o Ministro da tutela, Pinto
Luz, em reunião marcada para hoje.

“Infelizmente e apesar do que aconteceu ao governo da
República, acho que no mínimo – e quem me conhece como sendo uma pessoa
dedicada e educada – temos que agradecer o que conseguimos no último ano em
termos de mobilidade e que pode determinar uma mudança muito grande naquilo que
é o transporte, principalmente o transporte aéreo. Quero recordar que tivemos
alguns momentos em que nem datas para marcar viagem nas ligações inteiras lhes
tínhamos e esta possibilidade de agora os aeroportos quase estarem ligados e se
ser o mesmo valor para sair de qualquer um dos aeroportos aumenta a
possibilidade de nós podermos partilhar uma grande fatia do turismo na Madeira
e dá a possibilidade de muito mais residentes na Região e no residentes do
Porto Santo em especial poderem viajar e vai provocar um aumento da procura nas
viagens que é isso que as companhias que têm apostado no Porto Santo também
pretendem. Recordo por exemplo que a easyJet já fez essa tentativa há dois anos
e é isso que está à procura e acho que esta mudança – da mesma forma como o
subsídio à mobilidade regional transformou a sazonalidade no Porto Santo com o
turismo regional – também vai contribuir muito para que brevemente tenhamos
viagens o ano inteiro e que continue a crescer a mobilidade aérea até porque a Vinci
não poria em cima da mesa a construção de uma nova aerogare se assim não fosse”,
refere.

Ricardo Miguel Oliveira

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