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JPP quer actualização de valores pagos pelo internamento de doentes mentais

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O JPP defendeu hoje uma “atualização rápida” do valor que é transferido para as casas de saúde da Madeira pelo internamento de utentes com doenças mentais, salientando que os 58 euros diários atualmente pagos são insuficientes.

“O JPP, assumindo a governação da Região Autónoma da Madeira, um Governo JPP, uma das prioridades no âmbito da saúde mental, numa primeira fase e de imediato, é atualizar o valor das diárias que são transferidas para as casas de saúde, em negociação com as próprias casas de saúde, num valor que seja justo”, disse a presidente do JPP, Lina Pereira, que é a terceira na lista do partido às eleições regionais antecipadas de dia 23.

Em declarações aos jornalistas junto à casa de saúde Câmara Pestana, no Funchal, a candidata explicou que, como não existe no serviço público de internamento para utentes com doenças mentais, estes são “automaticamente encaminhados quando há essa necessidade para as casas de saúde”.

“Estamos a falar de uma doença que é silenciosa, afeta não só o utente, como depois a família e a comunidade, pode ser fatal, e não podemos continuar a ter um serviço regional que não dá uma resposta no serviço público e que, para além disso, quando transfere os doentes para o serviço privado, no caso para as casas de saúde, porque não há internamento no público, fá-lo por um valor muito abaixo do que é necessário”, afirmou.

Ainda segundo Lina Pereira, as casas de saúde já alertaram que o valor que é pago pela diária — 58 euros — é “insuficiente” e é também inferior ao valor pago no continente, que é atualmente de 72 euros.

“Mas, a verdade é que o Governo Regional não atualiza”, criticou.

Por outro lado, acrescentou, o doente de saúde mental é o único doente da Região Autónoma da Madeira que, quando dá entrada no hospital, se for internado não só é transferido para uma casa de saúde, como “depois tem de pagar os dias em que está internado e tem de pagar a sua medicação”.

“Não podemos ter uma saúde que olha para quem tem cartão laranja, azul ou vermelho, temos de ter uma saúde que olhe para os utentes que precisam efetivamente”, defendeu.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) — e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.

Agencia Lusa

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